quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Bulhas Cardíacas

Bulhas Cardíacas:

B1
Fechamento das valvas átrio-ventriculares.
Início da sístole.
Melhor audível com diafragma no foco tricúspide.
Desdobramento de B1 geralmente se dá pelo atraso de T1.
Hiperfonese de B1: síndromes hiperdinâmicas, estenose mitral., magros.
Hipofonese de B1: DPOC, derrame pericárdico, estenose mitral, baixo DC, obesos, fortes.

B2
Fechamento das valvas ventrículo-atriais.
Início da diástole.
Melhor audível com diafragma nos focos de base.
Desdobramento fisiológico de B2: na inspiração, atrasa o fechamento da P2.
Desdobramento amplo ou fixo de B2: BRD, disfunção de VD, CIA, estenose pulmonar.
Desdobramento paradoxal de B2: na expiração, BRE, estenose aórtica, disfunção VE.
Hiperfonese de B2: síndromes hiperdinâmicas, HAS, dilatação da aorta ascendente / artéria pulmonar, HAP.
A2: é melhor audível no foco aórtico.
P2: é melhor audível no foco pulmonar.
Hipofonese de B2: DPOC, derrame pericárdico, estenose aórtica, hipotensão arterial, estenose pulmonar.

B3:
É a vibração da parede ventricular, decorrente da brusca transição da fase de enchimento rápido para a fase de enchimento lento.
Indica sobrecarga volumétrica de ventricular.
Melhor audível com campânula.
Formas patológicas:
1- sobrecarga de volume ventricular crônica: insuficiência aórtica crônica, insuficiência mitral crônica, CIV, CIA.
2- Redução da complacência ventricular: cardiomiopatia dilatada, hipertrófica e restritiva.
3- Descompressão na IC sistólica (mau prognóstico).
B4:
É a vibração da parede ventricular, produzida por vigorosa contração atrial.
A complacência do ventrículo deve estar baixa (déficit no relaxamento ventricular).
Melhor audível com campânula.
Causas:
1- HVE concêntrica (idoso, HAS, estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica).
2- Doença isquêmica do miocárdio.
3- Cardiomiopatia dilatada e restritiva.

Sopros Sistólicos
Sopros Mesossistólicos ou de Ejeção: audíveis na ejeção ventricular (entre B1 e B2).
Estenose aórtica valvar: audível no foco aórtico; irradia para as carótidas.
Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva: o sopro aumenta sua intensidade com a manobra de Valsalva e diminui na posição de cócoras.
Estenose pulmonar: aumenta com a inspiração profunda (Rivero-Carvalho) e associa-se ao desdobramento amplo de B2.
Sopros Holossistólicos ou de Regurgitação: atrapalha a ausculta de B1 e de B2.
Insuficiência Mitral Crônica: irradia para região axilar; no Prolapso de Valva Mitral, o sopro aumenta sua intensidade com a manobra de Valsalva. De cócoras, o sopro diminui e retarda o click.
Insuficiência tricúspide: exacerba com a inspiração profunda (Rivero-Carvalho) e tem presença de onda V gigante no pulso jugular.
CIV: sopro holossistólico, foco paraesternal esquerdo baixo (tricúspide) e irradia p/ direita.
Sopro inocente em pediatria: holossistólico, GII ou III, intenso na ponta que vai p/ axila.

Sopros Diastólicos
Sopros Protodiastólicos ou Aspirativos: caráter suave.
Insuficiência aórtica: melhor no foco aórtico acessório na IA valvar e aórtica ou na borda esternal direita na IA por doença da aorta ascendente. Irradiação para o foco mitral.
Insuficiência pulmonar: audível no foco pulmonar.
Ruflar Diastólico
Estenose mitral: inicia após B2 e termina em B1. Melhor audível em DLE.
Estenose tricúspide: aumenta com a inspiração profunda (Rivero-Carvalho).
Sopros Contínuos: ocorrem por persistência do canal arterial (PCA), fístula artério venosa sistêmica ou pulmonar e zumbido venoso.

Defeito no Ostium Secundário: Desdobramento amplo e fixo de B2 no foco pulmonar.

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